Nas pegadas de GALILEU
2009 foi declarado pela ONU o Ano Internacional da Astronomia porque faz 400 anos que Galileu Galilei realizou as suas famosas observações com um telescópio.
É conhecida a feroz perseguição que a hierarquia da igreja católica lhe movera mas, como sempre acontece, essa perseguição, em vez de destruir a sua obra tornou-a mais conhecida e mais fecunda.
Nos dias 3, 4 e 5 de Abril corrente desenvolve-se à escala mundial um programa de levar a Astronomia às pessoas – “100 Horas de Astronomia”.
Visitámos um dos Centros de Observação, localizado na Ponta do Sal, em S. Pedro do Estoril (entre a estrada marginal e o mar). Outros há, espalhados pelo país. Foi uma experiência fantástica, que recomendo, para miúdos e graudos.
Por exemplo, ao telescópio são perfeitamente visíveis imensas crateras muito redondinhas e cadeias de montanhas no nosso satélite, Lua. Porquê essas crateras e porque continuam tão perfeitas, o que não acontece no planeta Terra?
A resposta: as crateras resultaram do impacto de asteróides que, ao colidirem com a superfície lunar, fundiram as rochas que se tornaram liquidas formando crateras de bordos bem visíveis como quando uma pedra cai num charco forma, momentaneamente, um buraco com rebordos salientes.
E porque se mantêm com essa forma primitiva? Porque a Lua não tem atmosfera, não há água, não há ventos, não há erosão, erosão essa que modelou o nosso planeta (onde também se deram esses impactos) mas que nunca (?) existira na Lua.
Ao telescópio também foi fácil observar o planeta Saturno, aquele que tem um grande anel à sua volta. O anel era perfeitamente visível embora, a olho nu, pareça simplesmente uma estrela como as outras. Galileu chamava ao Saturno um planeta com orelhas, exactamente devido ao anel, apresentando-se com duas saliências opostas.
A Astronomia é daquelas ciências que todos cidadãos deviam estudar e conhecer um pouco. Isso ajudar-nos-ia a compreender melhor muitos fenómenos naturais, a perceber alguma coisa porque estamos aqui, neste planeta, há quanto e por quanto tempo. Ajudar-nos-ia a não por tudo nas mãos de Deus, pior do que isso, nas mãos dos que dizem ser seus representantes na Terra.
Conhecer mais do Universo de que fazemos parte e que a Astronomia, já praticada há milhares de anos mas que se estruturou como ciência a partir do grande Galileu, ajuda-nos-ia a relativizar muitos dos pequenos–grandes dramas pessoais e do país.
Tudo o que é humano, embora importante é, porém, tão pequeno, senão insignificante, perante o que acontece na imensidão do Uvniverso, mesmo que desses acontecimentos cósmicos tenhamos conta, somente, muitos anos-luz depois.
É conhecida a feroz perseguição que a hierarquia da igreja católica lhe movera mas, como sempre acontece, essa perseguição, em vez de destruir a sua obra tornou-a mais conhecida e mais fecunda.
Nos dias 3, 4 e 5 de Abril corrente desenvolve-se à escala mundial um programa de levar a Astronomia às pessoas – “100 Horas de Astronomia”.
Visitámos um dos Centros de Observação, localizado na Ponta do Sal, em S. Pedro do Estoril (entre a estrada marginal e o mar). Outros há, espalhados pelo país. Foi uma experiência fantástica, que recomendo, para miúdos e graudos.
Por exemplo, ao telescópio são perfeitamente visíveis imensas crateras muito redondinhas e cadeias de montanhas no nosso satélite, Lua. Porquê essas crateras e porque continuam tão perfeitas, o que não acontece no planeta Terra?
A resposta: as crateras resultaram do impacto de asteróides que, ao colidirem com a superfície lunar, fundiram as rochas que se tornaram liquidas formando crateras de bordos bem visíveis como quando uma pedra cai num charco forma, momentaneamente, um buraco com rebordos salientes.
E porque se mantêm com essa forma primitiva? Porque a Lua não tem atmosfera, não há água, não há ventos, não há erosão, erosão essa que modelou o nosso planeta (onde também se deram esses impactos) mas que nunca (?) existira na Lua.
Ao telescópio também foi fácil observar o planeta Saturno, aquele que tem um grande anel à sua volta. O anel era perfeitamente visível embora, a olho nu, pareça simplesmente uma estrela como as outras. Galileu chamava ao Saturno um planeta com orelhas, exactamente devido ao anel, apresentando-se com duas saliências opostas.
A Astronomia é daquelas ciências que todos cidadãos deviam estudar e conhecer um pouco. Isso ajudar-nos-ia a compreender melhor muitos fenómenos naturais, a perceber alguma coisa porque estamos aqui, neste planeta, há quanto e por quanto tempo. Ajudar-nos-ia a não por tudo nas mãos de Deus, pior do que isso, nas mãos dos que dizem ser seus representantes na Terra.
Conhecer mais do Universo de que fazemos parte e que a Astronomia, já praticada há milhares de anos mas que se estruturou como ciência a partir do grande Galileu, ajuda-nos-ia a relativizar muitos dos pequenos–grandes dramas pessoais e do país.
Tudo o que é humano, embora importante é, porém, tão pequeno, senão insignificante, perante o que acontece na imensidão do Uvniverso, mesmo que desses acontecimentos cósmicos tenhamos conta, somente, muitos anos-luz depois.
Ver sites: www.nuclio.pt; www.portaldoastronomo.org.
Texto enviado por A. Abrantes
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