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quinta-feira, 29 de maio de 2008

"O Livro da Minha Vida" - Eulália Rosa dos Santos - 5

Pedras da minha rua

Sou tão pobre, tão pobre

A pobreza continua

Sinto-me tão singela

Como as pedras da minha rua.


Não têm casas nem varandas

Nem janelas nem vidraças

Sentem-se magoadas

De quem por elas passa.

Elas sofrem sozinhas

Consigo fica sua dor

Do luar fazem lençóis

Das estrelas cobertor.


Os pardais em corridinho

Vão pela rua fora

Comendo migalhinhas

E as areias que as pedras deitam fora.


Com o sol fico contente,

Também com o clarão da lua

Porque deixam brilhando

As pedras da minha rua.


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Reservados todos os direitos de autor.
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2 Beijos:

Anónimo disse...

São sempre bonitos os versos da Eulájia Rosa. Revelam uma sensibilidade e um talento que não esmorecem com os seus lindos cabelos brancos.

Um abraço com votos de saúde e longa vida à Eulália Rosa.

Julio Rodrigues disse...

Muito bonito poema, parabens a' Senhora Eulalia pelo seu talento; Ca' ficamos a' espera de mais.

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