Diário de um Soldado Beijosense na 1ª Grande Guerra Mundial, transcrição - POESIA - 11

Poesia de guerra – 11
Transcrição
Referente a0 11ABR2006

Os Soldados
Mote

Os soldados nas trincheiras
Trazem sempre a mascara aberta
Anda sempre unida ao peito
Na posição de gás alerta.

1ª
Todos os nossos aliados
Tiveram perdas bastante
Dos gazes asfixiantes
Daqueles alemães malvados
Mas hoje os nossos soldados
Já não caem nessa asneira
Estudaram a maneira
Para da morte se livrarem


3ª
Já sinto a terra a tremer
Com o estrondo canhão
E com granadas de mão
Pronto a matar ou morrer
Eu vejo casas a arder
Vejo além os jazigos
Onde repousam amigos
Que à pátria não voltaram
Causa-nos isto paixão
Dentro dos nossos abrigos

4ª
Estes malditos tratantes
Têm horrendas invenções
Têm morteiros e canhões
Têm gazes asfixiantes
A guerra não é como dantes
Que se morria cantando
Andam submarinos navegando
Para podermos descobrir
E sem nos deixarem dormir
Andam os aeroplanos voando.
Fim


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