A Lenda de Beijós
Contou-me certa vez uma velhinha lá prós lados do Vale da Loba, a lenda de Beijós.
"Era uma vez há muitos, muitos anos, corria o ano de 183 a. C. uma terra chamada “Basa”, onde viviam várias famílias, em pequenas casas que haviam construído com as pedras das ruínas de um castelo muito antigo, sito num dos sete iteiros ali existentes. Viviam da agricultura, pois de Espanha não vinham bons ventos, nem produtos para os hiper’s. Felizes e cantando, ao cultivo dos regadios campos se dedicavam.
A prole era numerosa e os casamentos eram combinados segundo os dotes de cada bela donzela. As raparigas andavam em desassossego, pois Viriatho - o pastor, com quinze anos, à época idade casadoira, era um rapagão possuidor de virilidade e força invulgares, capazes de ocupar os sonhos mais inconfessos de qualquer moça.
O coração de Viriatho estava já ocupado pela bela e formosa filha do Regedor de Basa. O ansiado casamento só ainda não acontecera porque Viriatho não concordava com a amizade entre o Regedor e o General Romano que várias vezes ali pernoitava, no descanso dos violentos combates que travava lá para as bandas dos Montes Herminius (Serra da Estrela). O ciúme já o consumia, pois bem tinha visto os olhares que o General de César deitava à sua amada.
Certo dia, ao levar o rebanho a pastar, lá para os lados do Serradinho, viu com os seus olhos, que a terra haveria de comer, junto ao poço das poldras, o General Romano beijando a sua bela e desejada amada, mesmo ao pé da ponte em construção, prenda do dito general:
- Sacana bem me parecia que a oferta da ponte não era pelos nossos lindos olhos. Proferiu Viriatho ao mesmo momento que desferia um golpe letal no ousado General.
Ai Deus, toldaram-se os céus. Legiões de Romanos procuraram durante meses, por grutas, ribeiros e montes, até para lá dos Encontros, Penedo, Crujeiro, Pardieiros, e até muito para lá de Oliveira de Currelos. Não ficou pedra sobre pedra e dizem que só as alminhas escaparam. Mas de Viriatho, nem sinal!
Consta que fora acolhido por um bando que se dedicava a saquear terras do sul da Lusitânia. Dizem que um mês depois fora eleito chefe do bando, graças ao conhecimento que tinha do terreno e às suas extraordinárias capacidades físicas pois viram-no apanhar javalis ao soco. Viriatho estava tão endurecido pela vida em Basa que era insensível à fome e ao frio.
Em cerca de quinze anos tornou-se no grande Chefe Militar do Povo Lusitano, que desde o Douro até muito além dos Montes Herminios, dominava e infligira pesadas derrotas aos exércitos Romanos.
Porém, Viriatho, nunca esquecera a sua terra, Basa. Sempre que podia dizia familiarmente aos seus mais chegados seguidores:- Vou passar uns dias à terra dos beijos para matar saudades das beijokas.”
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
"Era uma vez há muitos, muitos anos, corria o ano de 183 a. C. uma terra chamada “Basa”, onde viviam várias famílias, em pequenas casas que haviam construído com as pedras das ruínas de um castelo muito antigo, sito num dos sete iteiros ali existentes. Viviam da agricultura, pois de Espanha não vinham bons ventos, nem produtos para os hiper’s. Felizes e cantando, ao cultivo dos regadios campos se dedicavam.
A prole era numerosa e os casamentos eram combinados segundo os dotes de cada bela donzela. As raparigas andavam em desassossego, pois Viriatho - o pastor, com quinze anos, à época idade casadoira, era um rapagão possuidor de virilidade e força invulgares, capazes de ocupar os sonhos mais inconfessos de qualquer moça.
O coração de Viriatho estava já ocupado pela bela e formosa filha do Regedor de Basa. O ansiado casamento só ainda não acontecera porque Viriatho não concordava com a amizade entre o Regedor e o General Romano que várias vezes ali pernoitava, no descanso dos violentos combates que travava lá para as bandas dos Montes Herminius (Serra da Estrela). O ciúme já o consumia, pois bem tinha visto os olhares que o General de César deitava à sua amada.
Certo dia, ao levar o rebanho a pastar, lá para os lados do Serradinho, viu com os seus olhos, que a terra haveria de comer, junto ao poço das poldras, o General Romano beijando a sua bela e desejada amada, mesmo ao pé da ponte em construção, prenda do dito general:
- Sacana bem me parecia que a oferta da ponte não era pelos nossos lindos olhos. Proferiu Viriatho ao mesmo momento que desferia um golpe letal no ousado General.
Ai Deus, toldaram-se os céus. Legiões de Romanos procuraram durante meses, por grutas, ribeiros e montes, até para lá dos Encontros, Penedo, Crujeiro, Pardieiros, e até muito para lá de Oliveira de Currelos. Não ficou pedra sobre pedra e dizem que só as alminhas escaparam. Mas de Viriatho, nem sinal!
Consta que fora acolhido por um bando que se dedicava a saquear terras do sul da Lusitânia. Dizem que um mês depois fora eleito chefe do bando, graças ao conhecimento que tinha do terreno e às suas extraordinárias capacidades físicas pois viram-no apanhar javalis ao soco. Viriatho estava tão endurecido pela vida em Basa que era insensível à fome e ao frio.
Em cerca de quinze anos tornou-se no grande Chefe Militar do Povo Lusitano, que desde o Douro até muito além dos Montes Herminios, dominava e infligira pesadas derrotas aos exércitos Romanos.
Porém, Viriatho, nunca esquecera a sua terra, Basa. Sempre que podia dizia familiarmente aos seus mais chegados seguidores:- Vou passar uns dias à terra dos beijos para matar saudades das beijokas.”
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
5 Beijos:
Bela lenda!!
Talvez qualquer semelhança com a coincidência, é pura realidade!!
Muito bom!!
Gosto desta lenda. Tem bons ingredientes...
lindo.....original...
Concordo com a cena dos hiper's.
Obrigado companheiros.
Beijós para todos.
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