Está a ler o arquivo 2005-2009 do Beijós XXI. A partir de 2010, o blogue passou a ser publicado no endereço http://beijozxxi.blogspot.com

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Em Maio de 1952 Tromba de água fustigou Beijós

Willoughby disse...
"No dia 20 de Maio de 1952,uma Segunda Feira, realmente houve uma forte trovoada. A chuva terá caído com tal intensidade, nos campos de Nelas/Mangualde que, principalmente a Ribeira do Povo de Beijós galgou por montes e vales, arrastando tudo o que se encontrava por perto.O dilúvio ficou a dever-se à quantidade de precipitação, nos campos daqueles dois concelhos. As águas arrastaram troncos de pinheiros e de outras árvores para o leito da ribeira. Essas madeiras vieram entroncar na Ponte de Travassos, entre a Aguieira e Nelas. As águas, com o olhal da Ponte tapado, represaram e fizeram tamanha força que a ponte foi obrigada a ceder, rompendo o respectivo arco. As águas ali represadas, libertas de lufada, correram por montes e vales, em muitos terrenos rasgaram outros leitos do rio. Os terrenos que mais sofreram foram os do Bejo, actualmente, propriedade da família de António F. Loureiro. Esses terrenos, na altura propriedade de uma filha do Ramos, Irene, da Aguieira,eram cultivados pelo falecido João Garnacho, que tinha uma cabra a pastar junto do leito do rio, e foi arrastada com a violência das águas, tendo sido resgatada, sem vida, já nos terrenos da Ribeira.Não havia memória de uma tragédia assim, em Beijós. Felizmente não consta que se tenha repetido até aos nossos dias. Acho graça ao manuscrito do Nosso Conterrâneo, já falecido, José Padeiro. Parabéns ao Vadio, por o ter guardado até aos nossos dias."

17 Beijos:

Anónimo disse...

Olha se fosse uma tromba de vinho.

Willoughby disse...

No dia 20 de Maio de 1952,uma Segunda Feira, realmente houve uma forte trovoada. A chuva terá caído com tal intensidade, nos campos de Nelas/Mangualde que, principalmente a Ribeira do Povo de Beijós galgou por montes e vales, arrastando tudo o que se encontrava por perto.
O dilúvio ficou a dever-se à quantidade de precipitação, nos campos daqueles dois concelhos. As águas arrastaram troncos de pinheiros e de outras árvores para o leito da ribeira. Essas madeiras vieram entroncar na Ponte de Travassos, entre a Aguieira e Nelas. As águas, com o olhal da Ponte tapado, represaram e fizeram tamanha força que a ponte foi obrigada a ceder, rompendo o respectivo arco. As águas ali represadas, libertas de lufada, correram por montes e vales, em muitos terrenos rasgaram outros leitos do rio.
Os terrenos que mais sofreram foram os do Bejo, actualmente, propriedade da família de António F. Loureiro.
Esses terrenos, na altura propriedade de uma filha do Ramos, Irene, da Aguieira,eram cultivados pelo falecido João Garnacho, que tinha uma cabra a pastar junto do leito do rio, e foi arrastada com a violência das águas, tendo sido resgatada, sem vida, já nos terrenos da Ribeira.
Não havia memória de uma tragédia assim, em Beijós. Felizmente não consta que se tenha repetido até aos nossos dias.
Acho graça ao manuscrito do Nosso Conterrâneo, já falecido, José Padeiro.
Parabéns ao Vadio, por o ter guardado até aos nossos dias.

Willoughby disse...

Digo... "Brejo"...

Anónimo disse...

Bom trabalho, Vadio.

O Beijós XXI é concerteza o maior repositório do espólio de saberes e conhecimento antropológico da Freguesia de Beijós.

Este acervo constitui um legado de valor incalculável.

Aplausos a todos quantos contribuem para esta Enciclopédia Beijosense, de forma desinteressada e de reconhecido altruísmo, digno de menção de grande destaque no nosso Concelho.

O Município de Carregal do Sal está em grande destaque a nivel nacional, graças ao Beijós XXI, parabéns a todos.

Anónimo disse...

Beirão reparte aí com o pessoal essa coisa que andas a tomar para ver se a gente esquece a crise

Anónimo disse...

Embora o Municipio de carregal do Sal não tivesse dadao ainda o reconhecimento devido ao Beijós XXI.

BATISTA disse...

Muito bom.
É de artigos destes que o nosso blog precisa para ter a vivacidade que na minha modesta opinião ultimamente tem desaparecido.
Parabéns Vadio.

Anónimo disse...

??

Anónimo disse...

Pelo menos a Câmara Municipal de Carregal do Sal, ainda não sabe que o Beijós XXI existe.

beijokense disse...

@BATISTA

1. Os teus posts, em vez de vivacidade, são sobre morte aldeia.

2. Eu estava convencido de que o blog precisava de fotos das Poldras. Se é de documentos antigos, então não há crise, eu tenho aí uns milhões para postar.

Anónimo disse...

Beijokense não tenhas cíumes,.. afirmo que tu e o batista têm razão, pois como tu saber não à viva sem morte.
adorei saber, que no ano do meu nascimento choveu muito.
Lamento, as desgraças.

Milhões de documentos é muito papel.
Mortos não deve haver tantos,... ainda bem.

Areia no Areal

beijokense disse...

A melhor maneira de viver é rindo, até da morte.

Anónimo disse...

O Beijós XXI tem 492.308 páginas visitadas em 41 meses de existência o que dá média superior a 12 mil páginas visitadas por mês.

Esta é uma das razões porque este Blogue está em 4º lugar no top geral de blogues no Blogómetro e em 1º lugar a nível nacional para na subcategoria "Sociedade".

Será necessário mais alguam coisa para que ganhe o prémio Municipal de criatividade, inovação e divulgação do Concelho.

BATISTA disse...

Beijokense, de facto penso que a postagem de documentos antigos sobre a nossa terrinha, é muito importante; relembrar um passado, presente e futuro.

E eu espero postar os óbitos por mais meio século....

Quanto a ti olha que o tempo passa depressa... começa lá a postar alguma coisa desses milhões de documentos.

Anónimo disse...

“É de artigos destes que o nosso blog precisa para ter a vivacidade que na minha modesta opinião ultimamente tem desaparecido.” (Batista)

O Batista tem razão de que o Beijós XXI tem perdido o viço.

Para mim, o “Beijós XXI”, projecto interessante e que, se o quiserem e souberem, pode ter futuro, sempre teve dois caminhos: ser um blog aberto ao livre debate de ideias e de interesse geral (histórico, cultural, político, humorístico, desportivo, religioso, etc.) mas sempre no estrito respeito das posições de cada um e de quem aqui escreve, comenta e opina ou um blog virado para o caso privado, de interesse ainda mais particular, albergue do ataque pessoal e veiculo de despeitos, ciumes e quejandos.

O que for, no futuro, não será fruto da sorte ou do azar mas do que se quiser fazer hoje e sempre.

PS: hoje, qualquer um pode ter um blog só seu ou seu e para alguns amigos onde pode colocar o que quiser, como quiser e sujeito ao que vier. Mas creio não ser esse o projecto “Beijós XXI”.

António disse...

Pardal,
Bem-vindo ao Beijós XXI,
Manda Beijós a toda a Gente.

Willoughby disse...

Naquela época, para calamidades destas, como faziam falta os telemóveis.
Assim, as provas de estafeta que os Beijosenses tiveram que fazer, para prevenir a perda de vida humanas nos seus conterrâneos.
As pessoas que andavam a trabalhar os campos no Brejo, na Lampaça, no Pombal, na Braceira, na Praçaria... etc., que se aperceberam da cheia, correram por aí abaixo, na frente das águas, a gritar.
Muitos problemas foram evitados, então, devido à acção destas pessoas.
Houve situações que, apesar de tudo, não conseguiram evitar. Lembro-me das preocupações do Nosso Querido Amigo Abílio do Coelho - Abílio Coelho de Moura, profissional de serração de madeiras, com serra de braçal, que tinha uma rima de pranchas no seu quintal, para elas secarem,próximo das instalações do extinto Lagar do Azeite e não chegou a tempo de as recolher, as águas levaram-lhe tudo. Foi recolhe-las depois pelos campos abaixo, à medida que as águas do rio baixaram.
Nessa altura, no mês de maio, era o tempo de cavar os campos, para as sementeiras do milho, até ao meio dia, fizeram-se muitas sementeiras naquelas assentadas nas margens do rio. A meio da tarde, veio a trovoada e a dilúvio estragou as sementeiras que tiveram que ser repetidas, e as águas abriram valas nos terrenos cavados, nos locais onde galgaram muros, bardões e cales...
Os Beijosenses, então, viram as suas despesas aumentarem. Quantos deles fizeram despesas com alimentação e salários do pessoal, com adubos e sementes e tiveram que fazer as sementeiras de novo? Nessa altura não havia subsídios nem seguros... quem tinha os problemas tinha que resolvê-los sozinho.
Enfim!
Outros tempos...
Mas que os telemóveis fizeram muita falta... não há dúvida!
Só que os telemóveis apareceram somente 50 anos depois!
Coisas do tempo e das novas tecnologias.

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