Está a ler o arquivo 2005-2009 do Beijós XXI. A partir de 2010, o blogue passou a ser publicado no endereço http://beijozxxi.blogspot.com
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Beijós é uma aldeia sede de freguesia, fica situada na estrada
que vai de Carregal do Sal a Viseu (via Sangemil), a 12 Km da sede do concelho Carregal do Sal, distrito de Viseu, em Portugal.
São muito remotas as suas origens, mais de três mil anos. É uma povoação essencialmente agrícola, com as ribeiras fertilizando os seus campos, muito produtivos. Os 1217 habitantes da freguesia ocupam uma área de 1253 hectares.
Beijós XXI, Ágora da Aldeia...quem sabe..., mais digital de Portugal:)
6 Beijos:
O nosso herói da Flandres, após a vida dura nas trincheiras veio tomar conta de uma quinta agrícola.
Só que nos anos da outra guerra a 2ª, foram anos muito maus para a agricultura, vários anos de seca, geraram uma grave crise com fome e peste por todo o país.
Anos muito difíceis para os beijosenses, até o pão era racionado, o regedor distribuía senhas para o pão, o qual só podia ser adquirido consoante o agregado familiar.
O que lhe valia, ao "Grande Senhor do Beijós XXI", José Pais dos Santos, era seu filho Daniel que à data era quarteleiro na Manutenção Militar em Coimbra, enquanto cumpria o seu serviço militar obrigatório, função privilegiada, pois tinha acesso aos viveres, podendo dispor de bens alimentares que não estavam ao alcance de qualquer um, apoiando seus familiares mais directos, que assim poucas privações sentiram nestes anos de grande fome.
Este post animou-me um bocado... OK, por o Vadio ter voltado às postagens, mas não apenas por isso. Vejam que há 60 anos as Chãs eram uma seca e agora estão in. Quem sabe, o mesmo poderá acontecer com Portugal, que agora parece ter «nada de futuro» e daqui por 60 anos... veremos o que o Beijós XXI dirá nessa altura! :)
As secas põem à prova qualquer agricultor.
Felizmente as crises vêm, mas também vão, para quem as consegue aguentar.
1944 e 1945 foram anos terríveis. Não havia pinga de água em lado nenhum, várias pessoas faziam poços nos leitos secos das ribeiras.
Foram dois anos em que nada se criou, os agricultores semeavam, pouco nascia, e esse pouco morria de sede, era angustiante não ter comida para pôr na mesa, aos filhos.
O Estado não apoiou em nada a sua população, pois para estar de bem com Deus e com o diabo, Salazar enviavam apoios aos aliados por um lado e por outro apoiava os nazis, enquanto as populações do interior morriam literalmente à fome.
Estou certo de que o José Pais dos Santos preferiu os anos de seca do que aquilo por que teve de passar na Flandres.
Portugal entrou na 1.ª Guerra e não foi por isso que se evitou a fome, à qual se aliou a chamada "pneumónica". Incomparavelmente mais terríveis, os anos de 1918 e 1919.
Enviar um comentário