Dólares telegráficos
Aristides Sousa Mendes fora colocado no consulado de S. Francisco no último trimestre de 1921. Naquele posto, sempre se queixou de que os honorários não eram suficientes para manter a dignidade e o decoro da sua posição, bem como a imagem da representação do Estado Português. Um ano e meio mais tarde, escreve a várias pessoas dizendo que precisava urgentemente de 2.000 dólares para fazer face a dívidas que contraíra na América.
Como se vê no doc. acima, a 26-6-1924, o seu cunhado (para quem não conhece, era o sogro do Sr. Alpoim que passava os verões em Beijós) solicitava à entidade que regulava os câmbios, controlava as entradas e saídas de divisas e inspeccionava a actividade bancária, autorização para emitir um cheque ou uma ordem telegráfica a favor do Cônsul, no valor de $500 - ao câmbio da altura, 50 contos, uma pequena fortuna!
3 Beijos:
2000/500 = 4 pequenas fortunas
Amigos, esse cônsul era um estroina, lol
Para criar 12 filhos não era fácil, de lembrar que o nível de vida nos states naquela época ainda tinha mais diferença do que hoje.
Acho que em S. Francisco ainda não seriam 12, mas em Bordéus já eram 15, duas mulheres, alguns criados, mais as casas e criados em Portugal, a caridade e alguma sumptuosidade... o vencimento de cônsul não podia chegar para tanto.
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