Agricultores enfrentam novos desafios
A área de produção de cereais em Portugal sofreu uma forte redução de 56% de 1994 a 2007, como se poderão recordar os mais velhos da aldeia, ainda que o volume de produção se tenha mantido devido ao aumento de produtividade. Em consequência, o êxodo de trabalhadores agrícolas transformava e em alguns casos desertificava as zonas rurais.
Nova revolução agrícola
Mas agora, os aumento de 20% a 50% dos preços internacionais e alguns cereais de 2007 para 2008 está a causar uma contra-revolução na agricultura. Fala-se no “fim da era de alimentos baratos”, à medida que o açúcar e os cereais têm cada vez mais utilização alternativa como bio-combustíveis.
Mas agora, os aumento de 20% a 50% dos preços internacionais e alguns cereais de 2007 para 2008 está a causar uma contra-revolução na agricultura. Fala-se no “fim da era de alimentos baratos”, à medida que o açúcar e os cereais têm cada vez mais utilização alternativa como bio-combustíveis.
Entretanto, Portugal virou um dos maiores importadores de alimentos na Europa. Importamos mais de 80% dos cereais e leguminosas que consumimos, mas também batatas, peixe, carne e até frutas. Sem importação, Portugal deixaria de comer.
Será que a agricultura portuguesa está preparada para responder aos novos desafios do século XXI e recuperar algum grau de auto-suficiência ?
Muitos dos agricultores portugueses são pequenos e pouco competitivos. O êxodo da agricultura não foi aproveitado para promover o emparcelamento e muitas explorações carecem de massa crítica. Os apoios europeus da PAC-Politica Agrícola Comum, que absorve 40% do orçamento da União Europeia, contribuíram pouco para o reforço da capacidade de produção e para o desenvolvimento rural. O pousio obrigatório de 10% das terras aráveis fomentou a subsídio-dependência.
Por exemplo, os produtores espanhóis que estão mais organizados, conquistaram rapidamente 50% do mercado português de azeite. Na Holanda, cerca de 70% da produção agrícola é comercializada por cooperativas de produtores, uma forma de reter mais rendimento no sector. A grande concentração que se verificou no retalho alimentar, com os supermercados e hipermercados, não se reflectiu a nível da produção que continua muito fragmentada.
Cereais ou azeite: os agricultores dividem-se
Nos últimos anos, investir no olival era a melhor opção para muitos agricultores. A produtividade dos solos portugueses e os apoios à conversão das culturas levaram a que muitos preferissem investir na exploração intensiva em olivais de grandes dimensões.
Nos últimos anos, investir no olival era a melhor opção para muitos agricultores. A produtividade dos solos portugueses e os apoios à conversão das culturas levaram a que muitos preferissem investir na exploração intensiva em olivais de grandes dimensões.
Agora, a produção de cereais volta a ser atractiva. No milho de regadio, a produtividade em Portugal chega a ser uma das melhores da Europa.
É evidente que cultivar para comer, e vender, volta a ser importante, mas não à moda do antigamente.
Ver Jovens Agricultores , serviços do Ministério da Agricultura
Fontes: DE 1 2
1 Beijos:
Olivais ou cererais, o que é que está a dar no Farmville?
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