Está a ler o arquivo 2005-2009 do Beijós XXI. A partir de 2010, o blogue passou a ser publicado no endereço http://beijozxxi.blogspot.com

sábado, 19 de janeiro de 2008

Monumento aos ex- Combatentes do Ultramar




Vai realizar-se no dia 26-01-2008, uma importante reunião de ex-combatentes da Freguesia de Beijós.

O Beijós XXI, apela para que todos os ex- combatentes da nossa Freguesia estejam presentes, para que entre todos seja escolhido o tipo de monumento, e o local onde será colocado.

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8 Beijos:

Anónimo disse...

Combatentes da Freguesia de Beijós, a vossa opnião é muito importante para nós, caso não possa estar presente na reunião deixe aqui o seu comentário e opiniões sobre este assunto.
Obrigado
Ass: joão Silva Batista

Anónimo disse...

Em primeiro lugar, os meus parabéns a todos os que tomaram a iniciativa.
Penso que o primeiro ponto a discutir será o local considerado adequado para colocar o monumento.
Em segundo lugar, será saber defenir um tipo de monumento que se enquadre bem nesse lugar e que contenha a necessária referência aos ex.combatentes. Porque não abrir um concurso de sugestões em termos de pintura ou de fotomontagem para o efeito?
Falar de uma mulher feia ou bonita,para mim, dis-me muito pouco. Se vir a fotografia dela,é totalmente diferente. Gosto mais das coisas ao natural mas, tudo tem os seus limites.

Anónimo disse...

Não estou de acordo com qualquer tipo de monumento que glorifique os ex-combatentes do ultramar.

O que designam por guerra do ultramar (está subjacente, no anúncio) não foi uma guerra patriótica. Não foi para defender a pátria mas sim para defender os grandes interesses de empresas portuguesas nas colónias e de alguns colonos, que gostariam de ter mantido as riquezas que extorquiam aos naturais das colónias e a criadagem como escravos.

Sendo colónias, as guerras que os movimentos de libertação desenvolveram contra o governo e o exército português foi uma guerra justa. A justiça estava do lado dos movimentos de libertação das colónias, não do lado dos ocupantes (portugueses).
A terra e as riquezas de lá eram e sempre foram dos angolanos, moçambicanos, guineenses, timorenses, etc. Os colonos não lhas compraram nem por elas pagaram um preço a favor da nação angolana, moçambicana ou outra.

Os terroristas eram o governo português, os chefes do exército português, a Pide e todos aqueles que os apoiavam sem questionar.

Nada tenho contra todos aqueles que foram para a guerra colonial obrigados. Alguns deixaram lá a saúde e mesmos os ossos. Perante esses e seu sacrifício me curvo, respeitosamente.

Mas enaltecer o facto de se ter combatido os nossos irmãos africanos ( a que a Pide chamava turras), que falavam e falam a nossa língua, essa sim a nossa pátria, que queriam e querem manter connosco relações de amizade e de respeito mútuo é, no mínimo, hoje e sempre, sinal de quem não tem mais em que ocupar o tempo.
Por favor, deixem-se de copiar as atitudes tontas e infelizes que se têm verificado noutras terras da Beira Alta, nos últimos tempos.

Um ex-militar da guerra colonial (não voluntário).

António disse...

Ex-militar da gerra do ultramar,
Bem-vindo ao Beijós XXI,
Manda Beijós a toda a Gente.

Anónimo disse...

Olá ex-militar(não voluntário como eu)!Afinal quem é que falou em glorificar alguém? Da minha companhia, de caçadores especiais, tombaram lá definitivamente 2+2+1=5.A História tem como mais importante, relembrar o passado para melhor saber encarar o futuro.Quem por qualquer fanatismo religioso ou político defende apagar da História o que para ele pensa nela estar de bem ou de mal é um defensor da ignorância do próximo. Isso é igual aos princípios pidescos que também defendiam o esquecimento e a ignorância para melhor reinarem.Continua porque se os malucos do riso acabassem os normais passariam a ter menos para se rir.

beijokense disse...

A realidade não fica bem retratada a preto e branco. A realidade da guerra tem muitas cores, talvez com predominância do vermelho.

O discurso do ex-militar parece-me tão fora da realidade como a propaganda da metrópole, «do Minho a Timor». P.ex. as organizações que iniciaram as acções terroristas (heróicas na sua opinião) contra os colonos brancos e respectivos trabalhadores pretos eram compostas por pessoas que não falavam a nossa língua e não queriam manter connosco relações de amizade. Depois vieram a recrutar líderes com instrução europeia e outra visão da "amizade e respeito", mas esses líderes (e.g. Agostinho Neto) nunca conseguiram fazer valer essa visão.

A culpa da guerra foi de ambas as partes e a prova é que depois dos portugueses virem embora, houve mais duas décadas de guerras, bastante mais mortíferas, aliás. E também não pense que a "nação angolana" era pacífica antes dos portugueses chegarem, muito pelo contrário - partes do território que hoje é Angola eram ocupadas por diversos povos, com diferentes línguas, que se entretinham em jogos de saque e violação sem pagarem preço a favor da outra parte.

A triste realidade é que a história da humanidade sempre se fez à pancada. Nenhum país se fez sem ser à porrada, portanto será muito difícil determinar quem terá direito ao pagamento. Beijós foi ocupado por povos muito diferentes nos últimos 6000 anos; uns vieram da Europa central, outros da Europa do Norte, outros do Norte de África e Próximo Oriente. Bateram-se, amaram-se, negociaram, desentenderam-se, trairam, assassinaram, uniram-se, voltaram a bater-se... quem foram os turras e os justos libertadores?

Anónimo disse...

:)

Anónimo disse...

Infelizmente a história da humanidade está repleta de acontecimentos, passados e presentes, que não dignificam o ser humano.
Os factos históricos, à medida que o tempo nos afasta deles, deixando de ocupar a nossa memória mais recente, permitem-nos fazer diferentes e por vezes contraditórias, interpretações dos mesmos.
Caberá às gerações futuras analisar as causas, consequências e lições que cada facto nos legou.

O que será mais importante?

O tempo em que ocorreu a história ou o tempo em que se lê a história?

Creio que quando o homem conseguir olhar historicamente para o que está iniciando ou fazendo, não passará da intenção, em muitas ocasiões.

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