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sexta-feira, 27 de abril de 2007

Mina de urânio afectou a saúde da população

O Primeiro de Janeiro noticiou:

"Resultados do relatório final do estudo que avaliou a saúde da população de Canas de Senhorim revelam que a existência de minas de urânio afectou a saúde da população. Antigos trabalhadores das minas querem agora que o Governo responda...


Antigos trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio exortaram ontem o Governo a responder urgentemente às suas reivindicações, que consideram ter ganho força com o relatório final do estudo que avaliou a saúde da população de Canas de Senhorim.
A realização de exames médicos periódicos, a obtenção de benefícios na idade da reforma e o pagamento de indemnizações às famílias dos colegas que morreram são as exigências que os trabalhadores há muito fazem ao Governo, por não terem dúvidas de que a constante exposição à radioactividade lhes afectou a saúde.

“Temos estado à espera da decisão do Governo mas a nossa paciência esgotou-se. O último relatório do Minurar, agora conhecido, vem provar a relação causa-efeito”, afirmou à Agência Lusa António Minhoto, antigo trabalhador da Empresa Nacional de Urânio (que estava sediada na Urgeiriça, em Canas de Senhorim) e dirigente da associação Ambiente em Zonas Uraníferas.

O projecto Minurar, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge em colaboração com outras entidades, teve como objectivo estudar as minas de urânio e os seus efeitos na saúde, recorrendo a três grupos de freguesias: a de Canas, onde se situa a mina da Urgeiriça e se efectuava o tratamento químico de minério, outras com minas mas sem secção de tratamento e ainda em outras sem actividade mineira.

(...)

Para analisar o relatório do Minurar, os antigos trabalhadores da ENU vão reunir-se em plenário no próximo dia 1 de Maio."



Fonte: O Primeiro de Janeiro

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