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domingo, 4 de março de 2007

Populares em Santa Comba dão vivas a Salazar

foi notícia no jornal O Primeiro de Janeiro



«Centenas de populares de Santa Comba Dão receberam ontem com vivas a Salazar os membros da União de Resistentes Anti-Fascistas, em luta contra a criação do Museu Salazar na cidade.
(...) centenas de populares deram vivas a Salazar enquanto os promotores da iniciativa gritavam «25 de Abril sempre, fascismo nunca mais».
(...)
Por entre os protestos, uma viatura passou pelo largo e lançou dezenas de panfletos anónimos de louvor a Salazar. Intitulados «Salazar, o obreiro e maior patriota português», os panfletos defendem que «Salazar nasceu para a vida eterna» ou que, com a sua morte, «a Nação portuguesa ficou empobrecida nos seus valores humanos».
O texto afirma ainda que “a História de Portugal, oito vezes secular, enriqueceu notavelmente durante o governo de Oliveira Salazar”, figura que qualifica de “um dos mais notáveis portugueses do mundo e o maior português deste século”.
(...)»


Fonte: O Primeiro de Janeiro de 04 de Março de 2007.
Foto de O Primeiro de Janeiro

6 Beijos:

VIVEIROS-BATISTA disse...

apesar de não ser a favor do regime, também concordo que foi um grande portugues, pena as suas ideologias não serem as melhores

Anónimo disse...

O Estado Novo

Kaúlza de Arriaga
Fundação Oliveira Salazar

A Revolução de 28 de Maio de 1926 e o Estado Novo, que se lhe seguiu e dela foi decorrente, constituíram uma indispensabilidade nacional resultante da situação caótica e de ruptura a que a Primeira República havia conduzido o País, em todos ou quase todos os sectores e particularmente no das finanças públicas. Foram chefes militares que sentiram aquela indispensabilidade e souberam, primeiro, estabelecer uma ditadura de sentido construtivo e redentor e, depois, admitir e conseguir, acabando por se lhe entregar plenamente, que um homem de génio, surgido em Coimbra - o Professor Doutor António Oliveira Salazar -, dirigisse o País. Este criou, com a Constituição de 1933, o Estado Novo que chefiou até 1968, ano em que por doença, motivada ou acelerada por uma queda, teve de abandonar o poder.

Nestes trinta e cinco anos, o Estado Novo, além de continuar e terminar a Obra, iniciada pela ditadura, de reorganização geral do País, e particularmente de sua reconstrução financeira, teve de Enfrentar e Resolver quatro conjuntos de Grandes Problemas, que principalmente o Estrangeiro fez incidir sobre Portugal. Foram eles: os problemas decorrentes da Guerra de Espanha, ocorrida de 1936 a 1939; os problemas consequentes da Segunda Grande Guerra, que teve lugar de 1939 a 1945; os problemas devidos à expansão dos regimes democráticos pluralistas, após a referida Segunda Grande Guerra; os problemas relativos ao Ultramar Português, intensificados na década de 50 e, sobretudo, na década de 60.

São aquela Obra e o enfrentamento e resolução destes conjuntos de Grandes Problemas que, em termos de história, caracterizam o Estado Novo e facultam a formulação de um seu juízo. Assim:

1. A obra de reorganização geral do País, e particularmente de sua reconstrução financeira, foi realização notabilíssima que, só por si. justificou e elevou o Estado Novo e Salazar.
Mas, não posso deixar de referir, como ponto bem negativo, o facto de certos princípios de estrita economia continuarem, mesmo depois de desnecessários, a aplicar-se com prejuízo, por vezes acentuado ou mesmo grave, de realizações importantes.

2. Na Guerra de Espanha, estava fundamentalmente em causa a comunização ou não do país e, por arrastamento, a de Portugal, isto é, a de toda a Península Ibérica, com severas consequências para a Europa e para o Ocidente em geral. A posição e acção de Salazar e dos Portugueses sobre o próprio conflito espanhol e, relativamente a ele, em âmbito internacional, contribuíram muito significativamente, mesmo quase decisivamente, para que a boa causa, a causa não-comunista, vencesse em Espanha. Foi outro serviço notabilíssimo prestado pelo Estado Novo, mas agora, não só a Portugal, como à Espanha e a toda a Comunidade Internacional Civilizada.

3. Relativamente à Segunda Grande Guerra, a atitude e a actuação de Salazar e dos seus Governos podem sintetizar-se nos três aspectos dominantes seguintes: o de preservar os Portugueses dos efeitos mais dolorosos da guerra; a contribuição muito significativa, igualmente quase decisiva, para a manutenção da neutralidade da Espanha; e o apoio oportuno dado à Causa Aliada, com a concessão de facilidades, nos Açores, às respectivas forças armadas.
A grande vantagem em preservar os Portugueses dos efeitos mais dolorosos da guerra é evidente, até porque foi conseguida com satisfação, pelo menos final, dos próprios Aliados.
A contribuição para a manutenção da neutralidade de Espanha, neutralidade essencial para a Causa Aliada, foi serviço maior prestado a esta Causa. O alinhamento espanhol com a Alemanha de Hitler teria tido projecção negativa de dimensão imprevisível no decurso e resultado da guerra. Salazar, que já tinha contribuído para evitar a comunização de Espanha, como recordei, contribuiu, agora, para evitar a sua nazificação.
Igualmente, a concessão de facilidades, nos Açores, às forças aliadas, muito importante para estas forças, efectivou-se oportunamente e sem qualquer afectação da soberania nacional, constituindo acto de grande relevância. Tal, não só por mostrar explicitamente a posição de Portugal na guerra, como por permitir reforço considerável do controlo pelas forças aliadas - controlo que lhes era indispensável - das comunicações marítimas e aéreas no Atlântico Norte.
Assim e relativamente à Segunda Grande Guerra, o Estado Novo houve-se por forma superiormente meritória, no referente a Portugal, no referente aos Aliados e, em consequência, no referente ao Mundo em geral

4. A ditadura estabelecida em 1926 era, por natureza, autoritária e o Estado Novo, que a substituiu, manteve certo autoritarismo - embora limitado pelo Direito e pela Moral cristã, e, assim, muito afastado do dos sistemas, que pelo menos em parte lhe foram contemporâneos, de Franco, de Mussolini, de Hitler e de Estaline - e fez vigorar um regime de partido único.
Com a vitória, em 1945, na Segunda Grande Guerra, das democracias ocidentais sobre as potências totalitárias - embora a URSS super-totalitária tivesse continuado a crescer em poder e agressividade -, verificou-se no Ocidente uma expansão dos regimes democráticos pluralistas. De tal resultaram pressões intensas sobre Portugal, considerando-se que, após já mais de vinte anos de regime autoritário - embora autoritarismo limitado pelo Direito e pela Moral cristã, e não totalitário -, seria o momento de o Estado Novo dar lugar a uma democracia pluralista. Mas havia pelo menos uma razão decisiva - repete-se decisiva - que impedia o estabelecimento, na época, em Portugal, dessa democracia pluralista. É que a influência que, em semelhante democracia, poderia surgir e decerto surgiria da parte de movimentos esquerdistas, inclusivamente socialistas-democráticos e socialistas-comunistas, conduziria à impossibilidade de manter a integridade do Conjunto Português - Metrópole e Ultramar - , mesmo dentro da Solução Portuguesa e da Política Ultramarina Portuguesa que adiante se referirão. Insiste-se: o estabelecimento, então, de uma democracia pluralista em Portugal teria como consequência, imediata ou a curto prazo, a perda do seu Ultramar.
Assim, o Presidente Salazar teve que lutar, a nível externo, contra as pressões em causa, procurando fazer aceitar internacionalmente a continuação do Estado Novo com as características que tinha e sempre tivera. Foi luta árdua, mas que se saldou por um sucesso, concretizado com o ingresso de Portugal na NATO, em 1949, onde ficou a par precisamente das democracias ocidentais vencedoras da Segunda Grande Guerra, e com o seu ingresso na EFTA, em 1959, onde ficou em paralelo com as democratíssimas Inglaterra e Suécia. Foi o reconhecimento, pela Comunidade Internacional Civilizada, do regime português e foi um grande triunfo do Estado Novo.

5. Salazar emergiu como político financeiro que depressa se revelou de excepção, prioritariamente empenhado na reconstrução financeira do País, e apenas como eventual estadista. Desta circunstancia resultou o facto de, desde início, não ter encarado o Ultramar Português na plenitude da sua essência específica e única no Mundo. É disso consequência o Acto Colonial de 1933, que, alinhando de algum modo com outros países europeus possuidores de territórios no Ultramar, estava imbuído de certo e anacrónico espírito de império.
Porém, com a sua enorme capacidade, Salazar assumiu, progressiva e firmemente, a qualidade de estadista pleno, que, no seu zénite, foi mesmo um dos melhores de todos os tempos em Portugal. E logo teve lugar a evolução do Conceito Ultramarino Português, considerando entre outros, embora com algum atraso face à essência da fórmula portuguesa, os princípios actuais decorrentes dos direitos dos homens e dos povos, e terminando por se definirem uma Solução Portuguesa e uma Política Ultramarina Portuguesa, correctas no acerto, realismo e modernidade. Podem enunciar-se, como segue, as bases dessa solução e dessa política:

Bases então já explicitadas


a) Manutenção firme do conjunto unido dos territórios portugueses, europeus e ultramarinos.
b) Promoção, o mais acelerada possível, do seu progresso económico, social e político, em particular educacional, de saúde e cívico.
c) Intensificação da implantação, nos mesmos territórios, da paridade, harmonia e dignificação étnicas, da coexistência de religiões e crenças, e da conciliação de culturas e tradições - proposições fulcro da Solução Portuguesa. E proposições implicando objectivos, a prazo e de começo necessariamente tendenciais, de plenitude de cidadanias, de equivalentes posições iniciais e iguais oportunidades, de vigência dos mesmos direitos e deveres, e de acesso a situações económicas, sociais e políticas conseguido em face do valor real, da iniciativa havida e da actividade desenvolvida.
d) Tudo com a finalidade da consecução de um elevado grau de desenvolvimento global.

Bases então a explicitar oportunamente


e) Conseguido esse grau de desenvolvimento permissor de autodeterminações autênticas - proposição fulcro da Política Ultramarina Portuguesa -, informação por forma exaustiva e isenta das populações dos territórios sobre as características e modus faciendi dos diversos arranjos políticos possíveis - unidade, federação, confederação, comunidade ou separação total -, e sobre a natureza e positividade, no momento, e projecção eminentemente válida, no futuro, da Solução Portuguesa.
f) Em seguida, consulta geral e igualmente isenta das mesmas populações sobre os arranjos políticos em verdade desejados.
g) Por fim, adopção efectiva e rigorosa das opções verificadas na consulta.
h) Tudo prevenindo interferências estrangeiras ou de terceiros.

Contudo, o Presidente Salazar estava convicto, em face de boas razões, de que a explicitação, na época, das quatro últimas bases, mesmo em círculos fechados e em termos confidenciais, desencadearia uma imparável corrida às autodeterminações, que anularia por completo a política de autodeterminações autênticas. Tal explicitação só deveria ter lugar mais tarde e em tempo oportuno.
Deste modo ficou estabelecido, embora com uma parte ainda não explicitada, o novo e correcto Conceito Ultramarino Português, abrangendo a Solução e a Política Ultramarina Portuguesas. E foi com fundamento neste conceito que o Estado Novo teve a grandeza de manter a decisão de defender, a todo o custo, a integridade do Conjunto Português, facultando simultaneamente ao Mundo exemplo maior no plano étnico-social. Exemplo que, de resto, este Mundo mal aproveitou, como mostra a multiplicação dos conflitos raciais, religiosos e culturais que se vêm verificando.

Mas, à correcção do novo Conceito Ultramarino Português e à grandeza da decisão de defender a todo o custo o Conjunto Português, não correspondeu totalmente a respectiva Execução. Esta processou-se com erros vários, não poucos denunciados oportunamente mas nem por isso corrigidos e alguns até acentuados após os fins da década de 50, dada a idade já avançada de Salazar e, depois, dada a personalidade de Marcello Caetano. Entre eles, contam-se os seguintes: o limitado impulso e mesmo condicionamentos bem negativos postos no povoamento branco do Ultramar Português, erro que prejudicou o desenvolvimento da sociedade multirracial; a não integração económica do Conjunto Português, integração que teria consolidado fortemente a unidade política; a falta de preparação contra-subversiva, em tempo plenamente útil, das forças nacionais, incluindo o não estabelecimento de uma estratégia a nível, pelo menos, dos territórios metropolitanos e africanos portugueses, o que teria permitido o emprego, na guerra ultramarina de 1961-74, de menor volume de meios e um sucesso, nessa guerra, muito mais rápido.

De qualquer modo e mesmo com tais erros, se não tivessem tido lugar equívocos imensos de alguns Portugueses e, mais gravemente, apostasias e traições inconcebíveis de outros, o Conjunto Português ter-se-ia mantido e seria hoje, no Mundo, um dos espaços de grande justiça e de grande prosperidade. Bem em contraste com as dificuldades com que se tem debatido o que, após a descolonização, restou de Portugal, e com a opressão, a miséria e o sofrimento que se abateram inexoravelmente sobre quase todo o antigo Ultramar Português.

6. E parece exacta a seguinte síntese. Para além da notabilíssima reorganização geral do País, particularmente da sua reconstrução financeira; para além das atitudes, posições e acções, também notabilíssimas e superiormente meritórias, relativas à Guerra de Espanha e à Segunda Grande Guerra, e para além do triunfo do reconhecimento do regime português pela Comunidade Internacional Civilizada; seria o Conjunto Português, pluricontinental e multirracial, de grande justiça e de grande prosperidade, a Obra maior do Estado Novo. Contudo, embora com algumas responsabilidades deste, mas fundamentalmente como consequência dos equívocos, apostasias e traições citados, uns e outras impensáveis, verificou-se a queda do Estado Novo e com ela o desmoronamento do Conjunto Português, com prejuízo total daquela Obra.

7. Em consequência de tudo o exposto, o juízo ponderado, em vermos da História, do Estado Novo de Salazar é altamente positivo.

Anónimo disse...

Qualquer virtude de um homem, deixa de poder ser realçada desde o momento em que esse indivíduo:
- não tenha o respeito pelo pluralismo de expressão;
- não respeite os outros e suas ideias;
- não considere a dignidade do outro ser humano;
- não considere que : ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social;
- etc.

O ditador Oliveira Salazar prejudicou Portugal muito para além do tempo em que com mão de ferro governou este país.
O atraso de Portugal em relação aos restantes países europeus é óbvio e deve-se à herança cultural no estado novo.
Salazar foi um indivíduo que sem escrúpulos perseguiu e destruiu todos quantos discordassem das suas ordens.
No tempo do estado novo as nossas aldeias estavam cheias de miséria, nos caminhos caminhava-se sobre estrume. Em Beijós poucas casas tinham casa de banho, as pessoas só tomavam banho aos Domingos, ninguém usava papel higiénico (não havia dinheiro para esse luxo).
No tempo de Salazar os Beijosenses partiam a salto (com risco de vida) para a França, Alemanha, sujeitando-se a um afastamento da família por vários anos sem cá voltar, em busca de uma vida melhor.
Com o Estado Novo (ditadura salzarista)o país parou meio século, atraso esse que ainda estamos a pagar.
Com o Salazar e seus correlegionários o país deixava que os seus idosos mendigassem no resto dos seus dias, pois que não havia reformas.
No tempo do Estado Novo a esperança de vida era menor em 15 anos do que é hoje.
O fascismo não foi nem nunca será um regime bom.

Anónimo disse...

@Tadeu disse...

"...O ditador Oliveira Salazar prejudicou Portugal muito para além do tempo em que com mão de ferro governou este país.
O atraso de Portugal em relação aos restantes países europeus é óbvio e deve-se à herança cultural no estado novo.
Salazar foi um indivíduo que sem escrúpulos perseguiu e destruiu todos quantos discordassem das suas ordens.
No tempo do estado novo as nossas aldeias estavam cheias de miséria, nos caminhos caminhava-se sobre estrume. Em Beijós poucas casas tinham casa de banho,"(...)" as pessoas só tomavam banho aos Domingos, ninguém usava papel higiénico "(...)"(não havia dinheiro para esse luxo).
No tempo de Salazar os Beijosenses partiam a salto (com risco de vida) para a França, Alemanha, sujeitando-se a um afastamento da família por vários anos sem cá voltar, em busca de uma vida melhor.
Com o Estado Novo (ditadura salzarista)o país parou meio século,"(...)" atraso esse que ainda estamos a pagar.
Com o Salazar e seus correlegionários o país deixava que os seus idosos mendigassem no resto dos seus dias,"(...)" pois que não havia reformas.
No tempo do Estado Novo a esperança de vida era menor em 15 anos do que é hoje."(...)"
O fascismo não foi nem nunca será um regime bom.
27-03-2007 16:36"
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Nenhum regime totalitário poderá ser bom. Mas não se vê o benefício de tanta democracia em Portugal!

Senão vejamos:
> Com Salazar, em Portugal, havia segurança e respeito!E hoje?
> Para ser sempre bem visto e sempre bem quisto, como se diz no comentário que motivou o reparo do Tadeu, talvez tenha excedido o seu tempo de acção. Mas temos que dispensar atenção às possibilidades que ele terá tido, para deixar o poder. Ele pôs o País no seu devido lugar, mas, quando devia encaminhar as coisas para a democracia, as convulsões no mundo e principalmente na Europa, não o terão permitido, porquanto, teremos que analisar que Portugal teria regredido com os problemas dos outros países vizinhos. Por isso temos que aceitar que a guerra arrastaria o País para o caus, se não houvesse alguém que o governasse com pulso firme.
> Do 25 de Abril de 1974, até hoje, já lá vão 33 anos. Que progresso é que a democracia nos deu? Afinal continuamos na cauda da Europa e com as misérias que se vêem: O desemprego! sem agricultura, por ninguém comer os nossos produtos; sem indústrias, porque são transferias para outros países onde lhes oferecem outras condições. Etc.
> Somos Europeus! Mas não chega, coitadinhos!
> Os Portugueses continuam a emigrar! Porquê?
> A maior parte dos beijosenses agora poderão ter casa de banho, com papel higiénico, mas, por este andamento, não tardará que limpem o ... ao dedo!
> Agora há reformas! Mas que reformas? Os velhotes vão continuar a estender a mão à caridade, com a agravante que são despejados nos lares como quem despeja ou abandona o lixo ou os ferros-velhos, que nem a família, nem o Estado querem saber deles!
> O tempo médio de vida, ainda que tenha aumentado 15 anos, nos últimos tempos, de que vale se, como outrora, têm que estender a mão à caridade, e não têm condições nem qualidade para os viver com dignidade?
> Outrora toda a gente tinha trabalho! E agora, as pessoas licenciam-se e todos os doutores estão desempregados!
> Os nossos campos estão todos abandonados. Os governos da democracia fomentaram a preguiça. Para ganharem eleições, prometeram e deram o RMG=RIS e quem o recebe deixou simplesmente de trabalhar, quer nos campos quer nas fábricas. Quem é que recebe esse RMG=RIS em Beijós? São aqueles que já gostavam mais de beber os copos e apanhar umas bebedeiras do que de trabalhar! Salazar não lhes dava dinheiro, mas proporcionava-lhe trabalho. Não lhes dava dinheiro, mas também não impunha o pagamento de impostos, a quem trabalha, para alimentar esses parasitas, a maior parte deles com saúde para trabalhar!
> Salazar vem acusado de ditador. Agora, tudo o que se está a fazer é ordenado no imperativo e com voz forte e bem alto, sem que tenhamos possibilidade de corrigir seja o que for! Bolas! Afinal o povo tem que estar de cabeça baixa, como outrora, e dizer amen! Isto em democracia!

António disse...

Gnosis,
Bem-vindo ao Beijós XXI,
Manda Beijós a toda a Gente.

Anónimo disse...

«Por isso, meu caro leitor, se lhe aconteceu chegar ao fim deste texto a pensar que o autor quis "branquear" Salazar e portanto é um "fascista", faça isto: procure um espelho, ponha-se em frente, e o que vir no espelho, pode ter a certeza de que é um "fascista". Tente então resistir a esse "fascista".»
Rui Ramos, Publico, 28-3-2007

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