Futuro do Citroën Berlingo na berlinda em Mangualde
As notícias sobre a fábrica PSA Peugeot-Citroën de Mangualde têm sido preocupantes e contraditórias desde os fins de Setembro-2006, quando o Grupo PSA anunciou um corte de 10.000 postos de trabalho em vários países europeus, a fim de fazer face à queda da quota de mercado da marca na Europa.
Segundo o Diário Económico de 28-Dez-2006, a PSA Peugeot-Citroën teria interesse em ampliar a produção em Portugal(com um novo modelo) , mas terá indicado a possibilidade de excluir Mangualde dos seus planos futuros se não conseguir uma solução aceitável para os terrenos que necessita para a expansão.
A fábrica PSA Peugeot-Citroën, instalada em Mangualde desde 1964, produziu 53,426 veículos em 2005, o dobro da produção de 1998, dos modelos Peugeot Partner e Citroën Berlingo que continuam até 2008. Com cerca de 1400 trabalhadores, a fábrica Peugeot-Citroën é um dos principais empregadores do distrito de Viseu, afectando outros 5000 postos de trabalho na região.
Esta fábrica de Mangualde funciona em estreita ligação com a fábrica PSA Peugeot-Citroën de Vigo, na Galicia que é a maior fábrica automóvel de Espanha e também a maior do Grupo PSA, produziu cerca 455.000 carros este año com custos de produção mais baixos do que em França. Segundo La Voz de Galicia, a PSA Vigo aguarda um novo gerente que traz instruções para reduzir ainda mais os custos de produção. A PSA Peugeot-Citroën de Vigo e a sua rede de fornecedores empregam cerca de 23.300 trabalhadores directos e aproximadamente 12.000 indirectos, quase 1,4% do emprego na de Galicia
A candidatura de Mangualde aos novos modelos da PSA parece estar, no entanto, dependente da instalação de uma novolinha de produção que obriga a ampliação da unidade. Uma situação que exige o entendimento entre o Grupo PSA e os proprietários dos terrenos contíguos à fábrica actual, valorizados que são pela existência da própria fábrica. Poderá também ser necessário também rever o actual PDM - Plano Director Municipal de Mangualde, a fim de reclassificar as zonas circundantes da fábrica de urbana residencial para industrial.
Tal como Mangualde e a região de Viseu têm interesse em manter e aumentar os postos de trabalho, o Grupo PSA também tem vantagem em expandir as instalações existentes e assim beneficiar de algumas economias de escala. A necessidade de atrair e cativar o investimento directo estrangeiro cada vez mais solicitado por toda a parte não pode ficar dependente de pequenos pormenores como o GRANDE preço dos terrenos.
Esperemos que as negociações, que parecem estar a ser bastante renhidas, cheguem a bom termo com o reforço da produção da Peugeot-Citroën em Mangualde e que a PSA consiga recuperar a sua quota de mercado.
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2 Beijos:
É preciso ter em conta os cerca de 5000 empregos indirectos que esta fábrica gerou - o caso mais notável foi a criação da maior empresa de TIR na Península, a Patinter.
O Ministro da Economia já 'garantiu' que a fábrica não fecha! Isso significará 2 coisas:
1. os proprietários dos terrenos de que a PSA precisa vão mesmo vender, a bem ou a mal...
2. o Estado vai dar uns cobres à PSA para eles ficarem.
Bingo!
«Ontem foi aprovado mais uma pacote de 11 projectos de investimento em Conselho de Ministros (CM). (...) Entre eles está o da modernização e expansão da fábrica da PSA - Peugeot/Citroen de Mangualde.
Interrogado sobre os incentivos dados pelo Estado português para a manutenção e modernização daquela unidade de Mangualde do grupo PSA (Peugeot/Citroen), Pedro Silva Pereira recusou-se a quantificá-los.»
DN, 5 Jan
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