Em Beijós utiliza-se estufas para produzir alface. Em terras vizinhas há quem tenha estufas para a produção de outras plantas com o intuito de desenvolver um negócio com grandes efeitos multiplicadores. A origem desta iniciativa parece ser a integração a montante por parte de empresas que se dedicam à comercialização do produto transformado. Tendo estabelecido uma boa carteira de clientes, a integração a montante é apelativa, já que terra para plantar é coisa que não falta e a transformação da produção agrícola é um processo que, podendo ser artesanal, tem um elevado valor acrescentado.
No entanto, algumas actividades empreendedoras enfrentam barreiras legais inultrapassáveis... segundo notícia do DV, «os militares do Destacamento Territorial de Santa Comba Dão da Guarda Nacional Republicana desmantelaram uma plantação de cannabis». Acrescenta: «as diligências levadas a cabo pelos militares do Núcleo de Investigação Criminal de Santa Comba Dão culminaram na realização de três buscas domiciliárias - duas no concelho de Carregal do Sal e uma no concelho vizinho de Santa Comba Dão - durante as quais os agentes encontraram uma estufa que tinha como objectivo a plantação de cannabis com vista à produção de haxixe».
Não contentes com o "desmantelamento" da exploração agrícola, as autoridades apreenderam equipamentos indispensáveis para a actividade comercial conexa - uma balança de precisão e cinco telemóveis - e os stocks comerciais - «centenas de doses de cannabis, 8,2 gramas de haxixe, um micro-selo LSD, 0,6 gramas de MDMA» e procederam à detenção de dois indivíduos, que foram depois "presentes a tribunal". A notícia não esclarece o resultado do terem "sido presentes". Falta saber se perderam o emprego e se beneficiarão do RSI.
De qualquer modo, se, por um lado, estas diligências poderão ter efeitos negativos na produção agrícola da região, por outro lado são geradoras de emprego - para já, sabe-se que deram trabalho a «cerca de três dezenas de militares do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Santa Comba Dão, em colaboração com o NIC de Viseu, o posto territorial santacombadense e o pelotão de intervenção local» e, a partir daqui, darão também trabalho a vários funcionários da Justiça.
Conclusão: o Estado penaliza os comerciantes que pretendem investir na agricultura e, para garantir essa penalização, cria muitos empregos em serviços de segurança, justiça, reinserção social, etc.
Destroi uns, para dar trabalho a outros.
ResponderEliminarDestruir da trabalho,e,construir trabalho da.
Combater o desemprego.
Uma opinião isolada.Deve no entanto ser respeitada.
ResponderEliminarEntão o primeiro comentário, defende o cultivo das "plantinhas" em estufas.
ResponderEliminarDeve ser para chá, ou é dar o chá.