Dia 8-8-1964, faz hoje 44 anos, o DN publicava uma coluna sobre Beijós. O dr. Deusdado transmitiu ao jornal o conteúdo de uma carta que recebera do arqueólogo viseense António Augusto Tavares:
«No monte do Oeste, cónico e mais regular, era de esperar qualquer coisa. Mesmo sem o ter visitado, me dava a impressão de um lugar de defesa. Disseram-me que se chama "Monte dos Castelos".
Efectivamente, no cimo, há vestígios de muralha em blocos megalíticos. Creio, entretanto, que será difícil avaliar a extensão (que não me parece grande) nem definir-lhe a sequência. Ao menos no momento era impossível, dado que crescia por ali um centeio raquítico. Toda a encosta é rochosa e a erosão do tempo terá levado tudo. Apenas vi uns reduzidos fragmentos de cerâmica bastante indefinida para me dar qualquer base de datação, mas que me pareceu pré-romana.
A elevação do lado Leste é menos regular e está cheia de árvores e de vegetação. Aí (no cimo da elevação) há inúmeros vestígios da época romana: uma sepultura sobre uma lage, incontáveis pedaços de tejulas e de dólios».
Hoje já se sabe muito sobre o "monte do Oeste", particularmente sobre a importância do castro do bronze final. Já sobre a "elevação do Leste", não há grandes dúvidas sobre a existência de construções da época romana, mas, apesar da importância da placa funerária que por lá se achou, creio que muito ainda haverá por se saber.
Que incrível primo. Que terra antiga essa nossa Beijós(minha por herança de coração, do meu avô)! Obrigada por compartilhar! abraços. MCristina
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