Pedras da minha rua
Sou tão pobre, tão pobre
A pobreza continua
Sinto-me tão singela
Como as pedras da minha rua.
Não têm casas nem varandas
Nem janelas nem vidraças
Sentem-se magoadas
De quem por elas passa.
Elas sofrem sozinhas
Consigo fica sua dor
Do luar fazem lençóis
Das estrelas cobertor.
Os pardais em corridinho
Vão pela rua fora
Comendo migalhinhas
E as areias que as pedras deitam fora.
Com o sol fico contente,
Também com o clarão da lua
Porque deixam brilhando
As pedras da minha rua.
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Reservados todos os direitos de autor.
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São sempre bonitos os versos da Eulájia Rosa. Revelam uma sensibilidade e um talento que não esmorecem com os seus lindos cabelos brancos.
ResponderEliminarUm abraço com votos de saúde e longa vida à Eulália Rosa.
Muito bonito poema, parabens a' Senhora Eulalia pelo seu talento; Ca' ficamos a' espera de mais.
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