Está a ler o arquivo 2005-2009 do Beijós XXI. A partir de 2010, o blogue passou a ser publicado no endereço http://beijozxxi.blogspot.com

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A mãe da actual crise financeira

«A ganância, a mãe da actual crise financeira

As origens da crise: a ganância, o pensar que o que paga tem infinitas possibilidades de pagar, que não é preciso ser-se prudente. O ousado é o bem visto. O cauteloso, o conservador, é uma pessoa fora de moda, quase desprezível.

A ganância de muitos gestores de bancos, o enriquecimento fácil e a curto prazo, é a grande causa de toda esta situação.

Tudo isto torna evidente uma falha gravíssima de regulação e de supervisão, o que é inconcebível. Deixar passar, não propor leis apropriadas, não fazer a fiscalização necessária é demitir-se do seu papel de reguladores e de supervisores. Isto devia ter consequências organizacionais e penais.

Tal como noutras crises financeiras da História houve consequências, mas o capitalismo não acabou. Também não vai acabar agora.

Mas lições devem ser tiradas e as responsabilidades assacadas.

A interdependência das instituições financeiras a nível internacional é, hoje, um facto incontornável. Mas onde estão as instituições de coordenação internacional, com poderes efectivos de intervenção operacional e legal à escala mundial, que é a escala dessa interdependência? A OMC (Org. Mundial de Comércio) quase deixou de existir, o FMI só é falado por causa das previsões. No campo político, a ONU, tem vindo a perder poder e credibilidade, etc.

O que um grande ou médio banco, de certo país, faz tem repercussões à escala mundial (ou global). Mas não existe nenhum organismo à escala mundial que regule, que fiscalize ou que, simplesmente, acompanhe a sua actividade.

Os governos nacionais, os bancos centrais, as comissões oficiais dos mercados financeiros (como a nossa CMVM) fizeram muito mau trabalho. Mas a realidade estava e está muito para além das suas competências.

Há muita coisa a repensar no toca a coordenação, supervisão e fiscalização financeiras à escala nacional e à escala internacional.

Não podemos olhar para as “criatividades” financeiras e aceitar comprar tudo o que nos querem vender. Ainda se lembram dos grandes negócios da filatelia no que deram?

Afinal os ricos só são ricos se os pobres lá estiverem para os “alimentar”.»

Texto de A. Abrantes

3 Beijos:

Anónimo disse...

WAMU:
Um dos bancos que eu considerava um dos mais fortes. Foi-se.
Valeu-lhe o CHASE.
Mas!...
Admitiram em 7 de Setembro ultimo,
um novo gerente, 18 dias depois foi demitido, so levou com ele 18M
de dollars. E ninguem foi atras dele.
Nunca me poderei esquecer, de uma pregunta que um Sr. de Beijos me fez. A quando da primeira visita a Beijos.
Depois de eu ter imigrado para aqui.Aquilo nao e um comunismo capitalista?
A minha resposta!... O senhor sabe mais do que eu.
Estamos no mundo do salve-se quem poder.
E bem-Haja quem se sabe governar.
Francisco Abilio Abrantes
U.S.A.

Anónimo disse...

A ganância de uns e a futilidade de outros. Hoje cada vez mais liga--se à aparência exterior e não ao interior das pessoas. É importante ter bons carros, telemóveis topo de gama, vestir e calçar do melhor estando sempre na moda e por aí fora, nem que para isso se tenham que "individar até ás orelhas".

Anónimo disse...

Mas meus senhores que, se isto continua e America não atina, como ja não tem as torres gemias, atiram-se do E.State Bulding.Mas a nossa amiga Alemã que nos chamou PIGS, tambem se vai ver na ......
porque ela tambem vai fazer parte dos PIGS.
A LISBOETA

Enviar um comentário