Está a ler o arquivo 2005-2009 do Beijós XXI. A partir de 2010, o blogue passou a ser publicado no endereço http://beijozxxi.blogspot.com

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

PIDE-DGSAE

Ando há algum tempo para escrever sobre este assunto aqui no Beijós XXI, mas não tem havido tempo, nem o caso é urgente :) No entanto, nos últimos dias, vários cronistas do Público lhe dedicaram atenção, o que despoletou a minha intenção de, finalmente, fazer esta postagem.

Começa a crónica de António Barreto, no passado Domingo: «A meia dúzia de lavradores que comercializam directamente os seus produtos e que sobreviveram aos centros comerciais ou às grandes superfícies vai agora ser eliminada sumariamente». Mais abaixo: «A solução final vem aí. (...) Estes exércitos de exterminação são poderosíssimos». Passe a figura de estilo, é disto mesmo que se trata, uma verdadeira (intenção de) exterminação! A pretexto de "segurança alimentar", a UE e o Estado querem regular o mínimo detalhe do que, como, quando e onde um cidadão pode comer ou beber. E o "exército" é bem nosso conhecido, a Direcção-Geral de Segurança (Alimentar e Económica). Ah, não é Direcção-Geral? Peço desculpa, mas parece!

António Barreto não o diz explicitamente, mas trata-se de uma exterminação a três níveis:


  1. O mais óbvio, o económico. Um dos objectivos é integrar a maior fatia possível da economia dentro do sistema fiscal. De modos que a Beijokeira já não pode ir a Beijós comprar galos, coelhos ou ovos às vizinhas, é proíbido! E trazer uns legumes da Fontanheira, talvez só "com guias". Enquanto alguns países procuram fazer reviver os mercados locais de produtos tradicionais, aqui extermina-se quem os poderia produzir e os "verdadeiros" produtos tradicionais têm obrigatoriamente de ser industriais!

  2. O segundo nível é o cultural. A foto que aqui deixo vai ser um verdadeiro monumento arqueológico. Vai ser muito difícil à geração do babete Beijós XXI acreditar que "antigamente" se criavam porcos com farinha moida pelo moleiro da aldeia, couves e os restos de comida lá de casa e das casas vizinhas, que agora se tornaram nos incómodos "resíduos orgânicos".
    Segundo notícia do DB transcrita no Carregal Digital, formou-se em Cabanas a Confraria do Galo, que se dedica a comprar galos no leilão de oferendas dos Bombeiros e a comê-los de cabidela. Claro que o diligente exército haverá de por termo a esta afronta - primeiro, os galos só poderão ser leiloados na presença de um veterinário, depois terão de ser abatidos num matadouro oficial, e acabar-se-á pura e simplesmente por proibir estas oferendas em géneros.
    É apenas um exemplo do que serão as consequências desta política no plano cultural. Outras já se estão a fazer sentir em todas as cidades, onde a DGS(AE) está a fechar todas as tabernas, tascas, casas de petiscos em geral, para se poder abrir crêperies, pizzerie, McDonald's e afins. É caricato os folhetos turísticos falarem do "ambiente único" desses estabelecimentos, das comidas e bebidas típicas, quando os turistas só poderão encontrar a mesma coisa que encontram em todo o mundo "civilizado".

  3. Finalmente, há um objectivo político de exterminar a liberdade individual. O Estado e a UE não só sabem o que é bom para nós, como nos querem obrigar a fazer apenas o que é bom para nós!
    Cozer broas num forno tradicional, de farinha feita em moinhos de água, a partir de milho não transgénico, amassada numa "insalubre" masseira de madeira! Isso é um quádruplo crime - os produtores vão acabar na prisão e os consumidores (principalmente aqueles que se vêem debaixo da parreira a dar cabo de uma bola de chouriça) vão ser obrigados a prestar serviço comunitário no intervalo das curas de desintoxicação numa clínica McDonald's.
    Maior crime será um almoço de porco no espeto com arroz de feijão da Fontanheira cozinhado pela D. Rosa. Paciência, meus caros, o próximo convívio do Beijós XXI é a seco! A não ser que o trajecto da caminhada passe num McDrive...

20 Beijos:

Carlos Baptista disse...

Explicação simples, política fiscal, ou seja a actuação do governo no que diz respeito à arrecadação de impostos.

Anónimo disse...

Boa peça , beijokense, realmente estamos lixados.
Eu estou disposto a ser considerado criminoso....

Anónimo disse...

Olha eu Sábado vou ajudar a matar um porco e ajudar a comer uns Torresmos e quero qe se lixe a pide e o António Nunes, (Não o António Fundador do Nosso Blog).

Unknown disse...

muito bom post!!!

e também corcordo com o carlitos...

Eu confio no k como em minha casa, nas matanças de porcos, nos ovos e nos frangos..muito mais do k nakeles k s compram nos hiper e super.... e do k se como num restaurante kualker.
Acho bem k haja fiscalização alimentar, porque muitas vezes levamos gato por lebre em alguns establecimentos...

mas eu gostava mesmo k fiscalizassem os mac's.....akele oleo ...lol havia de ser engraçado....
os porcos no espeto devem ser hiper proibidos...ja viram a quantidade de sujidade k apanha o porco qd ta assar?????? :D:D:D

Anónimo disse...

bunny, vou comentar o teu comentário, não pelo assunto mas pela construção.

Eu sei que está na moda, é mais prático e tal, mas usar 11 "kapas", num texto, supostamente português.....

Não me leves a mal, mas "arranha-me" ver a nossa lingua a ser maltratada desta forma.
Julgo que temos o dever de tentar escrever o mais correctamente possivel, esta nova geração (dos telemoveis e internet), não sabe escrever português, são abreviaturas por tudo e por nada, que descaracterizam totalmente o nosso idioma. Fica mais fácil ler o português antigo do que o "sms-guês".

Unknown disse...

hawk76, vou comentar o teu comentario:)

eu n escrevo assim normalmente... quer dizer nas sms ponho sempre um k ou um ñ, ou outras abreviaturas mas e p poupar tempo mesmo..nada de «Oix tud bm?», «Dmrm 1a beka» ou lá mais o que que este pessoale screve agora....

Escrevo assim porque para comentar o blog dou rapidas escapadelas e entao escrevo o mais depressa que consigo por isso as vezes la vai um K e uns errozitos:):)

mas eu sei escrever!!!!!!!

Anónimo disse...

:)
eu não disse que não sabias, porque sabes, mas sem os KKK, fica bem melhor !!!!
Ainda assim, não acho que por "pressa", se deva maltratar o nosso vocabulário....
Vá lá, faz um esforcinho, tá? :)
Ou melhor, faz um pequeno esforço, está bem? (sorriso)

Unknown disse...

Acredita que é mesmo por pressa. (piscar o olho) Mas vou tentar fazer um pequeno esforço para escrever um português mais correcto e sem abreviaturas e letras isoladas! (sorriso grande)

Willoughby disse...

A UE quer tudo certinho e direitinho.

Desde há alguns anos que assistimos ao cumprimento religioso das determinações da União Europeia. Tudo tem que ser como a UE quer, porque, de outra forma, poderá haver sanções.

As coisas boas que nós (o povo) apreciamos e que procuramos orgulhosamente manter, preservar, de pouco a pouco vão sendo proibidas.

Mas há, realmente, muitos alimentos que nos obrigam a colocar um ponto de interrogação.

Senão vejamos:

No Domingo passado, fui visitar uma nova loja do LIDL, aqui perto do lugar onde moro. Por me terem comentado positivamente sobre essa loja, fui satisfazer a minha curiosidade.
Sou cliente desse supermercado, para alguns produtos. Surpreendeu-me, por nunca ter visto noutras lojas, latas de almôndegas, com molho de tomate.
- Será que é bom? Interroguei-me.
Não há coisa como provar, para tirar as conclusões. Trouxe uma lata. Hoje, para o almoço, decidi consumir essa coisa. Totalmente decepcionado, porque, muito embora tivesse sabor a carne, as almôndegas pareciam bolinhas de farinha. Estava tudo tão moído que nem se notava nada ao trincar.
Claro que fiz algumas interrogações. Será que me enganei e trouxe a comida do gato ou do cão, pensando que era para os humanos? Nada disso, aquilo estava mesmo junto dos produtos para a alimentação humana e é mesmo para as pessoas comerem.
Já tirei as minhas conclusões e prefiro continuar a escolher e a mandar triturar a carne e a fazer eu mesmo, como sempre, as almôndegas em casa.

Mas muitas das minhas dúvidas, ficam sem resposta.
Vejamos:

A UE impõe regras para o azeite a consumir nos restaurantes. Muito desse azeite era de confiança e sabia-se quem o produzia. O azeite engarrafado que agora é servido não se sabe que tratamento levou. Quem beneficia com isso? Grandes empresas que amealham o que querem.
A ASAE irá fiscalizá-las devidamente? Esperamos que sim, para bem da nossa alimentação e, principalmente da saúde humana.

O queijo, como será elaborado?
Os enchidos, por quem são fabricados e que tratamento e produtos levam?
O vinho?
O Bagaço ou a aguardente?

Os agricultores, que vendiam directamente o seu azeite ao consumidor e outros produtos do seu trabalho e animais da sua criação queixam-se de que não vale a pena, porque não é permitido por lei e que ninguém lhos compra.
Antigamente, ainda lá não vão muitos anos que o olivicultores pagavam a elaboração do seu azeite, com o mesmo azeite. Os respectivos lagares deixaram de aceitar esse pagamento, porque também ninguém lhes compra o azeite que assim armazenava. Por isso os lagares só aceitam que o fabrico do azeite seja pago a dinheiro.

Enfim!
Muitas coisas há que náo dá para entender!
Depreende-se que será para acabar com mixordeiros. Talvez se acabem com uns e se estejam a proteger outros ainda piores do que aqueles que havia!

Não há dúvida que a ASAE tem muito que fazer. Mas parece-me que também deverá começar a fiscalizar de cara tapada.:D

Willoughby disse...

Já me esquecia de outro produto que vi no mesmo supermercado e não tive coragem de comprar. Vejam só "FOLHAS DE VIDEIRA RECHEADAS COM ARROZ".

Será que é bom?
Quais as propriedades nutritivas da folha da videira?
As ovelhas gostam muito.....rsrsrsrsrsr

Anónimo disse...

Pela minha parte e enquanto a DGS me deixar vou continuar a comer nas tasquinhas espalhadas por este Pais, do Norte ao Algarve. Ainda na 3ª Feira almocei na Amieira (a cerca de 20 km do Alqueva) numa tasca daquelas que a ASAE anda a fechar e de certeza que não se come melhor em qualquer centro comercial deste Pais...

Anónimo disse...

A bunny esta ca com um palavriado que ate parece uma senhora a falar?
Nao critiques o trabalho dos outros enquanto nao propuseres melhor...fica mal a uma menina da tua idade criticares eventos da tua terra que muita gente aprecia!

.........PENSA NISSO........

Unknown disse...

Ou isto é do aproximar do fim de semana ou não sei. Senhor Lucas esse comentário veio a propósito de????? Já reli os meus comentários aqui e não vejo criticas nenhumas.....e já agora, se me conhecesse não diria isso....

Anónimo disse...

bunny, julgo ser pela parte da "sujidade do porco no espeto", ás vezes a ironia não é entendida....abrindo a porta a más interpretações!!!
Estou certo que é um mal entendido.

Unknown disse...

so me apetece dizer dahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

não se via mesmo mesmo mesmo que era irónico??? hello...
a serio...

hawk76 obrigada pelo esclarecimento...como aquilo que escrevi era mesmo em ironia e na brincadeira por isso nem me passou pela cabça que alguem interpretasse de outra maneira!

António disse...

Lucas,
Bem-vindo ao Beijós XXI,
Manda Beijós a toda a Gente.

Anónimo disse...

Não sou adepo destes "KKK" e da maioria de abrviaturas que o pessoal normamente mais jovem vem utilizado.

Mas estando de acordo com o que foi dito, proponha, para contentar as partes, que um dia por semana ou por mês fosse de grafia livre, ao gosto de cada um.

Será que ocorreriam, ainda assim, mal entendidos?

Anónimo disse...

Se a ASAE fosse fiscalizar os grandes restaurantes( DE RENOME) deste país, todos os seus clientes teriam que comer nas tasquinhas que há por aí fora porque talvez 99% seriam encerrados.
Concordo que em algumas não ficaria mal uma higiene mais cuidada, mas como acho que é "sujidade" do momento continuo tal como o JBatista a comer o que de bom há no nosso país.
E mais , enquanto a minha prima Teresa tiver coelhos para eu matar, enquanto o meu forno funcionar, e houver coves no quintal , não há ASAE nenhuma que me impeça de as comer.
A foto, vai ser realmente uma reliquia . Trás muitas saudades das vezes em que o Bigodes matou o porco e eu (eu ,sim sr) aparava o sangue para fazer as morcelas, em manhãs frias de Dezembro, e à tarde se lavavam as tripas nas águas geladas do rio.
Oxalá, se virem este blogue, não façam uma má intrepertação da mesma, e o prendam por crimes cometidos no passado!!!!!

Anónimo disse...

Fiquei estupido com o que li..mas leibrei-me(nào sei porque raZão) de Salasar, no seu regime comiasse muito pouco mas o que se podia e issensialmenteo qu se tinha cultivado ao elevado e agora podem comer quato quizerm ou pderem mas tem que ser o que eles querem... Mas que regime fer talves alguns vão devinir anorequeciques

Anónimo disse...

Mas sem rire eu não persebo nada desta historia, não persebo porque é que elle fecham as tascas e tabernas coisas que são tam conhessidas no outros paises , quantas vezes que eu digo que só portugues e que as pessoas se lembrão dos petiscos e do copozinho de vinho que elles comerão e beberão no "petit bistro" (tasca)bem escondida...
As coisas boas que no passõ pela boa a gente nunca mais as esquesse :-D ......

Bom eu não escotei falare de nenhuma lei assim estpida nos paises da UE à volta da Suissa.

Aqui na Suissa os predutos artizanais são issentivados e elles tem mesmo um sello de qualidade e a mesmode Assuciassões que proteger everificam a colidade dos produtos alimentare e de todos os produos feitos de maneira tradissional. Isistem dois tipos de selos em todos os preduto de frabicassam tradissional, um por os predutos feitos enteiramente com predutos suisses, des das materias primairas e feitos de maneira tradssional outro por os que são feitos de maneira tadissional mas que tem predutos estrangeros...Estes predutos tem uma qualidade exelemte mas tembem são carissimos se comprados nos grandes sentros comerssiales.

Eu gostava que os politicos portugues tivessem uma ideia assim se elles tivessm um bucadito de cervela mas talvez que os que gosta de predutos tradiconais la comeram ;-D

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